domingo, 4 de março de 2012

Sabendo Mais Sobre O Carnotauro

Ola Galera Hoje Vou Falar Sobre O Dinossauro Carnotauro.

                                                          Carnotauro

O carnotauro (Carnotaurus sastrei, do latim "touro carnívoro") foi uma espécie de dinossauro carnívoro e bípede que viveu durante o período Cretáceo, principalmente na região que é hoje a América do Sul. Ele também foi nomeado "Lagarto de Abel" quando em 1985 os paleontólogos argentinos (José Bonaparte e Fernando Novas) descobriram que ele era um carnívoro com o crânio diferente de todos os outros carnívoros que já haviam sido descobertos. O chamaram de Abelisaurus que significa "Lagarto de Abel".
O carnotauro foi um grande predador, media em torno de 8 metros de comprimento e 3 de altura, pesava em torno de uma tonelada. Foi descoberto por um paleontólogo em Chubut, na Argentina e no Brasil.
Várias características do carnotauro chamam a atenção dos cientistas. Embora fosse carnívoro, foi observado nele uma característica comum apenas emherbívoros, a presença de pequenos chifres, acredita-se que eles eram usados em lutas com indivíduos da mesma espécie, já que são pequenos demais para terem sido usados na caça. Outras características impressionantes eram os pequenos olhos apontados para frente e os ossos da coluna com projeções em forma de asa. O focinho maciço sugere órgãos olfativos grandes e olfato apurado.
A região em que o carnotauro foi encontrado era habitada por um dinossauro herbívoro saurópodo chamado chubutissauro, cerca de três vezes menor em comprimento. Acredita-se que o chubutissauro fosse a principal presa do carnotauro.
Este dino foi descoberto por na província de Chubut na Argentina, na área da Formação Colonia cujas rochas imaginava-se pertencer ao final do Cretáceo Inferior e início do Cretáceo Superior, mas que posteriormente foi comprovada datar do Maastrichtiano, ou seja, cerca de 70 a 65 milhões de anos de idade. Imaginou-se que o Carnotaurus viveu durante as idades Albino e Cenomaniano, entre 112 e 93 milhões de anos, mas hoje o animal é considerado como pertencente ao Maastrichtiano. 
Seus fósseis são mantidos no Museu Argentino de Ciências Naturais Bernardino Rivadavia, com a numeração MACN - CH 894, além de uma réplica do esqueleto ter sido confeccionada e montada em um salão da instituição. 
O Carnotaurus viveu na Patagônia - Argentina, onde era um dos maiores predadores do Cretáceo. Medindo cerca de 7,5 metros de comprimento era imponente e o que lhe torna distinto de outros carnívoros é o fato de que tem acima dos olhos um par de chifres como os de um touro, o que levou o paleontólogo José Bonaparte a basear seu nome na palavra latina Carne = carne e na palavra gregaTauros = touro, que juntas dão o significado "Touro Carnívoro" ao bicho. 
A partir da sua semelhança anatômica com outro terópode sul-americano, o Abelisaurus, o animal foi integrado à família Abelisauridae, porém não havia um grupo específico para ele dentro desta família. 
Por isto foi criada uma nova subfamília chamada Carnotaurinae, que posteriormente incluiria além do animal que dá nome ao grupo, o Aucasaurus, também da América do sul e o Majungasaurus encontrado em Madagascar, assim como o Rajasaurus da Índia. De modo geral, a classificação do vertebrado fica assim: Saurischia > Theropoda > Abelisauridae > Carnotaurinae > Carnotaurini >Carnotaurus. 

Além dos cornos, outras características marcantes do Carnotauro são seu focinho curto como o de um buldogue e olhos voltados para frente, junto com bracinhos minúsculos, mais ainda que os do Tyrannosaurus rex, deixando sua aparência meio bizarra. Seus braços eram absurdamente pequenos, dotados de 4 dedos sem garras, dos quais só os dois centrais são mais longos, restando um vestigial e outro em forma de espora, todos enrijecidos, incapazes de serem flexionados. 

Tudo no Carnotauro garante a ele uma vaga na galeria dos dinos estranhos, incluindo seu pescoço, cuja diferença está no comprimento, pois era mais longo do que o dos outros abelissaurídeos, terminando naquela pequena e curta cabeça, com um crânio profundo e uma mandíbula estreita e rasa, uma combinação um tanto incomum. 
Alguns dizem que seu crânio ficou mais curto durante a evolução, outros afirmam que na realidade, o crânio não tornou-se mais curto e sim cresceu na altura, expandindo-se para cima no decorrer da evolução dos ancestrais deste dinossauro e por isso dá a impressão de que seu crânio é tão curto. Na verdade até é curto em relação ao corpo dele, porque é como se um dino menor evoluisse seu crânio em tamanho apenas para cima, e seu corpo também aumentasse, ficando com essa aparência desproporcional. Não posso garantir que uma teoria está mais correta do que outra, o que posso fazer é expor tais suposições e fica a seu critério acreditar na que mais lhe parecer plausível.
Por outro lado o Carnotauro não tinha só aparência diferente, tinha uma importante vantagem para um predador, que é a localização dos olhos na frente do crânio de forma a permitir o uso de visão binocular. Quando os dois olhos conseguem focar um mesmo ponto ao mesmo tempo as imagens dos dois se combinam no cérebro, tornando-se uma única imagem mais nítida, o que permite ótima percepção da profundidade. Geralmente predadores bem adaptados apresentam este tipo de visão para poder calcular com exatidão a distância em que se encontra a presa, sabendo assim o quão longe deve saltar ou morder para pegar a vítima. Nós humanos também temos visão assim, como outros primatas, porém a maioria dos herbívoros atuais possui visão lateral, em que olhos se situam ao lado da cabeça e permitem ver em todas as direções, para evitar um ataque surpresa de predadores que aproximem-se pelas costas. Imagine a cena seguinte: Cretáceo Inferior, Argentina - O Carnotauro dispara correndo atrás de um Chubutiasaurus, saindo de trás de pequenas árvores e começa a preparar o ataque ainda em movimento e tendo a visão binocular, calcula exatamente a distância e "nhoc", era uma vez o infeliz animal, que jaz com o pescoço quebrado entre os dentes do caçador. 
E pode ficar certo de que ele corria bem, pois tinha pernas longas e finas, adaptadas para corrida, o que o coloca em vantagem em comparação aos pesados e desajeitados herbívoros que serviam de presas, além de superar outros predadores maiores e/ou mais lentos que ele, pois sendo mais veloz, podia capturar mais presas e caçar por maiores territórios. Estudos mostraram que os músculos que fechavam as mandíbulas eram importantes para reduzir o estresse ou impacto no crânio durante as mordidas, que era mais fraca, aproximadamente 300 quilos, até menos que a de um leão, porém mais rápida que a de outros terópodes como o Allosaurus, capacitando o animal para dar cabeçadas na presa com o intuito de derrubá-la. Em uma pesquisa cientistas afirmam que a mandíbula do Carnotauro tem adaptações semelhantes às das cobras atuais, com uma espécie de juntas em ossos da mandíbula, o que permitia que o animal engolisse pedaços grandes de carne de uma única vez. Por isso é de se imaginar que o Carnotauro preferia comer animais pequenos, que caçava usando sua boa velocidade, terminado por engolir o bicho inteiro. 
Muitos cientistas acham improvável que usasse os chifres em lutas, pois poderia machucar-se seriamente. 
Ouvi rumores de que a pele do Carnotaurus era listrada, com listras de cores meio rosa arroxeado, segundo o que paleontólogos deduziram baseados na pele fossilizada. No entanto não encontro fontes definitivas sobre essa afirmação e não posso garantir a veracidade da informação, uma vez que na época de descobrimento do animal não se podia descobrir a cor da pele deste pois não havia método que fosse eficaz neste objetivo. Hoje existe um método que permite verificar cores de penas de animais extintos, mas não sei se seria possível aplicá-lo à impressões de pele. Tal padrão de cor seria útil para camuflagem em meio à floresta e permitiria que o animal atacasse de surpresa um pequeno bicho que aparecesse sem notar que ali havia um predador. Essa teoria justifica a grande quantidade de desenhos retratando este animal com um padrão de cor listrado e em cores semelhantes à citadas. 

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